sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Israel tenta dividir a Terra Prometida de Deus

Joseph Farah

Ehud Olmert, Primeiro Ministro de Israel.

Talvez você já tenha visto a notícia.

Sob a liderança corrupta e mal-orientada de Ehud Olmert [que, agora, renunciou. Entretanto, se Tzipi Livni for sua sucessora, deve seguir no mesmo rumo – N. R.], Israel está se preparando para dividir o país pela metade – dando a quase totalidade da Judéia e da Samaria para a Autoridade Palestina (AP), os inimigos jurados de tudo o que é bom e decente no mundo.

Esse mais recente “acordo de terra em troca de paz” formará a base de um novo Estado palestino.

E o mundo viverá em paz e harmonia para sempre.

Bem, não exatamente.

Aí está o problema fundamental conforme eu, um jornalista cristão árabe-americano e ex-correspondente no Oriente Médio, o vejo: Israel não tem o direito de dar a Terra Prometida de presente, pois aquela terra é a Terra Santa de Deus – terra que Ele entregou aos cuidados do Seu povo.

Sei que Olmert não acredita nisso [nem Tzipi Livni – N.R.]. Sei que bem poucos políticos em Israel acreditam nisso. Sei que a maior parte dos israelenses não acredita nisso. Mas a incredulidade deles não muda a realidade.

Só porque a maioria dos israelenses, e talvez até mesmo a maioria dos judeus no mundo inteiro, tem mentalidade secular e tem consciência de que são o “povo escolhido de Deus”, isso não significa que eles podem pegar a terra que receberam por milagre e jogá-la fora.

Contudo, é exatamente isso que Israel está para fazer. E haverá conseqüências.

Deus ordena que Israel não faça o que está para fazer.

A Terra Prometida não pode ser dividida. Não pode ser vendida ou trocada, de acordo com Ezequiel 48.14. Mas pior, os israelenses estão dando-a de presente para seus inimigos – e, bem francamente, os inimigos de Deus.

Não foi para isso que Deus usou Moisés para abrir o mar Vermelho.

Não foi para isso que ele tirou o povo dele do Egito.

Não foi para isso que ele os tirou do cativeiro várias vezes.

E com certeza Ele não realizou Seu maior milagre de todos – ajuntando novamente os judeus 2000 anos depois de sua dispersão e recriando a terra esquecida de Israel – para vê-la desperdiçada desse jeito.

Quem diz que o renascimento de Israel é um milagre maior do que o Êxodo?

Deus diz.

Em muitas partes da Bíblia, Deus se revela como Aquele que tirou os filhos de Israel da terra do Egito. É um dos nomes de Deus. É o modo como Ele era conhecido pelo Seu povo – por meio de Suas obras miraculosas.

Entretanto, Deus diz em Jeremias 23.7-8 que nos últimos dias Ele será conhecido pelo milagre de ajuntar de novo os filhos de Israel – um milagre maior do que o Êxodo: “Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito; Mas: Vive o Senhor, que fez subir, e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra”.

Esse milagre ocorreu há 60 anos – e foi maior, aos olhos de Deus, do que a abertura do mar Vermelho, do que o maná do céu, do que a entrega da lei no monte Sinai, do que as muralhas de Jericó desmoronando.

Isaías profetizou também que Israel renasceria. Ele até predisse que isso aconteceria num único dia (Isaías 66.7-8). Você conhece alguma outra nação na história do mundo que literalmente nasceu num dia?

Mas era ainda a terra de Deus, diz Jeremias 3.18: “Naqueles dias, andará a casa de Judá com a casa de Israel; e virão, juntas, da terra do Norte, para a terra que dei em herança a vossos pais.”

Não foi a ONU que deu a Terra Prometida para Israel.

Não foi a astúcia militar de Israel que libertou a Terra Prometida.

Não foi o trabalho duro dos sionistas que fez renascer o Estado de Israel.

Já estava tudo pré-determinado. Foi tudo obra de Deus. E Ele não entregou a terra dEle porque queria dá-la de presente aos descrentes.

Eu discordo do que Israel está fazendo?

Sim.

Eu acredito que Israel está cometendo um grande mal?

Sim.

Eu acredito que Israel enfrentará horrendas conseqüências como resultado?

Sim.

Mas não importa no que eu creio.

O que importa é o que Deus diz. (Joseph Farah, www.WorldNetDaily.com – extraído de www.juliosevero.com

A História da Terra Santa

Da promessa até o cativeiro

2126 a.C. - Deus chama Abrão para a terra de Canaã (Gn 12.1-3).

1913 a.C. - Deus estabelece uma aliança incondicional com Abraão e revela-lhe os limites da terra prometida a ele e aos seus descendentes para sempre (Gn 15).

1800 a.C. - Deus confirma a aliança abraâmica com Isaque (Gn 26.1-5).

1760 a.C. - Deus confirma a aliança com Jacó (Gn 28.13-15).

Egito

1728 a.C. - José é vendido como escravo no Egito (Gn 37.36).

1706 a.C. - Jacó (agora chamado Israel, Gn 32.28) e seus filhos mudam-se para o Egito (Gn 46.1-26).

1446 a.C. - O êxodo do Egito (Êx 14).

1406 a.C. - Início da conquista israelita de Canaã.

1375 a.C. - Começa o período dos juízes.

1050-930 a.C. - O reino unido (Saul, Davi e Salomão). Em 1000 a.C., Davi conquista Jerusalém e a torna a capital de Israel.

930-732 a.C. - O reino dividido (Norte = Israel; Sul = Judá). Jerusalém é a capital de Judá.

722 a.C. - A Assíria conquista o Reino do Norte (Israel).

605-586 a.C. - A Babilônia conquista o Reino do Sul (Judá) e destrói o Templo de Salomão. Início do cativeiro babilônico.

Do retorno até Herodes, o Grande

539 a.C. - Queda da Babilônia diante da Média-Pérsia (Dn 5).

538 a.C. - Ciro, o rei persa, permite o retorno dos judeus à sua terra (Esdras 1).

537 a.C. - Judeus retornam a Jerusalém sob Zorobabel.

Maquete do segundo templo

516 a.C. - A reconstrução do Segundo Templo é concluída.

458 a.C. - Nova leva de judeus retorna a Israel sob Esdras.

445 a.C. - Artaxerxes I envia Neemias a Jerusalém para reconstruir os muros (Ne 2).

430 a.C. - Malaquias, a última voz profética; depois dele, 400 anos de "silêncio".

333 a.C. - Alexandre, o Grande, conquista a Pérsia, iniciando o período helenístico (grego).

323 a.C. - Morre Alexandre, o Grande. Seu reino é dividido entre seus quatro generais (Ptolomeu, Seleuco, Cassandro e Lisímaco).

167 a.C. - Antíoco IV (Epifânio) profana o Templo.

165 a.C. - Judas Macabeu lidera a revolta contra Antíoco, purifica o Templo e restabelece a independência sob a dinastia hasmoneana.

63 a.C. - O general romano Pompeu entra em Jerusalém, pondo fim à independência judaica; Júlio César é assassinado.

37 a.C. - Os romanos apontam Herodes, o Grande, como "rei dos judeus" e outorgam-lhe autoridade sobre a Judéia, Samaria e Galiléa.

De Herodes até Maomé

20 a.C. - Herodes inicia a reconstrução do Templo.

6-5 a.C. - Jesus nasce em Belém.

4 a.C. - Morre Herodes; César Augusto divide o território: Arquelau recebe a Judéia, Herodes Antipas, a Galiléia e Filipe, a Ituréia e Traconites (Nordeste da Galiléia – Lc 3.1).

26-36 d.C. - Pôncio Pilatos governa a Judéia.

30 d.C. - Jesus, o Messias, é crucificado, ressuscita dentre os mortos e ascende ao céu. Começa a era da Igreja no Dia de Pentecostes (Shavuot).

Massada

66-73 d.C. - Primeira insurreição judaica. Os romanos destróem Jerusalém e o Templo (70 d.C.), e atacam Massada, onde 960 judeus preferem cometer suicídio a se renderem (73 d.C.).

132-135 d.C. - Segunda insurreição judaica. O imperador Adriano reconstrói Jerusalém como uma cidade pagã e a denomina Aelia Capitolina. Rabbi Akiva lidera a rebelião e proclama como messias o líder militar Simon Bar Kochba. O povo judeu, que não tinha acesso apenas a Jerusalém, é disperso por toda a terra. Roma renomeia Judá, Samaria e Galiléia de Siria Palaestina, conhecida mais tarde como Palestina.

200 d.C. - Muitos judeus dispersos retornam.

312-313 d.C. - O imperador Constantino abraça o cristianismo.

330 d.C. - Constantino muda-se para Bizâncio, e dá-lhe o nome de Constantinopla (hoje Istambul, Turquia), mantendo o controle sobre a Palestina.

570 d.C. - Muhammad ibn Abd Allah [Maomé] nasce em Meca (Arábia Saudita).

De Maomé aos turcos otomanos

610 - Maomé declara que o anjo Gabriel mostrou-lhe uma tabuinha determinando que ele se tornaria um mensageiro de Deus [Alá]. Daí até sua morte ele passou a ter "visões". Assim começou a religião muçulmana, o islamismo, que significa "submissão a Alá".

622 - Maomé foge de Meca para Yathrib (que passou a ser chamada de Medina = Cidade do Profeta). Sua retirada é conhecida como Hégira ("hijrah", em árabe = emigração). O calendário muçulmano começa nessa data – 1 d.H. (primeiro ano depois da Hégira).

630 - Os árabes omíadas tornam-se os primeiros muçulmanos presentes em Jerusalém.

632 - Morre Maomé.

639-661 - Governo árabe muçulmano. Apenas neste período de 22 anos a Terra Santa foi governada pelos árabes – mesmo então, como parte de um grande império.

661-1099 - Muçulmanos governam a Palestina. No entanto, não se trata de árabes, e sim dos abássidas, vindos de Bagdá, dos fatímidas, procedentes do Cairo, e dos seljúcidas, da Turquia.

Cruzadas

1099-1187 - As cruzadas católicas, sob o papa Urbano II, conquistam Jerusalém e massacram judeus e muçulmanos.

1187 - Saladino, um muçulmano curdo de Damasco, recaptura Jerusalém e grande parte da Palestina.

1244-1303 - Os mongóis da Ásia destituem a dinastia de Saladino. Os mamelucos muçulmanos e os mongóis lutam pelo poder. A presença dos cruzados termina em 1291 d.C.

1513-1517 - Os muçulmanos turco-otomanos conquistam a Palestina.

Dos turcos otomanos até os britânicos

1517 - Os muçulmanos turco-otomanos governam a Palestina como parte de seu império.

1840 - Governo turco completamente restaurado. Líderes ingleses começam a discutir a possibilidade de restabelecer o povo judeu em sua própria terra.

1822 - Judeus fazem aliyah (imigração) da Romênia para a Palestina.

1890-1891 - Uma grande massa de judeus proveniente da Rússia desembarca em Israel.

1894-1895 - Na França, o capitão Alfred Dreyfus é condenado por espionagem, em meio a um feroz anti-semitismo.

1896 - Theodor Herzl escreve Der Judenstaat ("O Estado Judeu").

1897 - O Primeiro Congresso Sionista, convocado por Herzl, é realizado em Basiléia (Suíça). Mais de 200 participantes, de 17 países, criaram a Organização Sionista Mundial, que buscava "estabelecer uma pátria para o povo judeu em Eretz-Israel (a terra de Israel), assegurada pela lei". O Congresso Sionista se reuniu todos os anos, de 1897 a 1901, e desde então se reúne a cada dois anos, até os dias de hoje.

1901 - O Congresso Sionista criou o Fundo Nacional Judaico (FNJ), destinado a levantar recursos para a aquisição de terras em Eretz Israel. O FNJ é o maior proprietário de terras em Israel (12,5% do território), tendo adquirido mais da metade dessa extensão antes do estabelecimento da nação.

1904 - Segunda onda de imigração de judeus, provenientes principalmente da Rússia e da Polônia.

1906 - A primeira escola judaica de ensino médio é fundada em Haifa e uma escola de artes é fundada em Jerusalém.

1908-1914 - Segunda aliyah de judeus vindos do Iêmen.

1909 - Tel Aviv, a primeira cidade totalmente judaica, é fundada na Palestina.

1910 - Fundação do kibbutz Degania.

1914-1918 - Primeira Guerra Mundial.

1917 - O general britânico Edmund Allenby conquista a Palestina, a leste e a oeste do Jordão, pondo fim ao domínio otomano. Em novembro, os britânicos publicam a Declaração Balfour, apoiando o estabelecimento de "uma pátria para os judeus".

1920 - A Liga das Nações dá aos britânicos um mandato sobre a Palestina, com ordens de implementação da Declaração Balfour. (Israel My Glory )

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, maio de 2003.